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quinta-feira, 10 de novembro de 2011

José Luiz Datena, Willian Bonner e o modus operandi de criminosos

Cada vez mais encontramos pessoas, com toda razão, indignadas com a alta escalada de violência em nosso país.

Encontramos gente tentando explicar as razões desse aumento de patricídios, matricídios, assaltos, arrombamentos, maridos espancando e matando mulheres, saidinhas de bancos, golpes de 171, etc. Uns alegam que a culpa é a falta de uma boa política de educação. Outros, apontam aos salários baixos de policiais, e da corrupção do colarinho branco. E por aí vai...
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Penso que o jornalismo tem algum grau de responsabilidade na questão da multiplicação da violência, de crimes de todos os tipos.
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Explico: já reparou que no processo da informação, os repórteres fazem questão de mostrar detalhadamente qual é o modus operandi do crime? Tal feito serve de aula aos que estão com a tendência de praticar males e não sabem como fazê-lo. Alguns crimes se repetem iguais a partir de um artigo na televisão. Comecei a reparar isso há uns 15 anos atrás, quando vi uma matéria sobre roubos de carros de valores. A reportagem disse que a bandidagem atacou dando tiro no teto, e foi bem clara "o teto é a única parte transfixante do veículo blindado". Após isso vários transportes de valores foram assaltados com investidas pela parte superior.
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Não é necessário dizer como o estuprador arquitetou a emboscada para violentar a vítima, e nem como um bando planejou e executou o assalto. Basta contar que houve o estupro e o assalto!  Me esforço para não acreditar que a divulgação detalhada sobre como os criminosos praticam seus crimes não seja uma informação elaborada propositalmente, com o objetivo de haver novas manchetes com pautas interessantes, geradoras de IBOPE e vendas de jornais no dia do amanhã!

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Deveria ser crime mostrar o modus operandi de crimes!

E.A.G.

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